
Mas a primeira incursão da BMW na categoria máxima do automobilismo, no princípio dos anos 80, teve resultados muito diferentes, fornecendo motores turbo para a equipe Brabham.
Em 1981, a equipe inglesa e seu piloto Nelson Piquet tornaram-se campeão mundiais, superando em uma dura disputa, as Williams-Ford conduzidas por Carlos Reutmann e Alan Jones.
Mesmo tendo vencido com o confiável motor Ford-Cosworth V8 aspirado, tinhado ficado claro para as equipes que o futuro estava nos motores Turbo, já utilizados pela pioneira Renault, e por sua arqui-rival Ferrari.

A Brabham iniciou o campeonato de 1982 com Piquet carregando o número 1 destinado ao atual campeão, e com a estréia do italiano Riccardo Patrese no número 2. Mas a grande novidade para a primeira prova estava instalada no chassi BT-50, desenhado pelo projetista Gordon Murray: o novo motor BMW-Turbo de 4 cilindros, com cerca de 600cv.
Mas haviam problemas de peso (além do motor, havia a necessidade de maior quantidade de combustível devido ao maior consumo), e o turbo lag em baixa rotação, que tornava o carro lento nas saídas das curvas. A situação chegou ao ponto de Piquet sequer se classificar para a corrida no circuito de rua em Detroit, levando o campeão a decidir usar o antigo BT-49 com motor Ford nas próximas provas. A parceria parecia perto do fim...
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Felizmente, finalmente uma grande evolução de performance e dirigibilidade foi conseguida com o gerenciamento da injeção eletrônica, levando Piquet a vencer o GP do Canadá. Mas era tarde para lutar pelo campeonato, vencido pelo finlandês Keke Rosberg, pai do Nico, e último piloto a ganhar um título usando o velho motor Ford-Cosworth aspirado.
Para o ano seguinte, a evolução do propulsor alemão continuou, como o motor atingindo 740cv na versão para corridas. Nos treinos, usando maior pressão no turbo por poucas voltas, a potência chegava a mais de 800cv. A estréia não poderia ter sido melhor, com Piquet vencendo a primeira prova em Jacarepaguá, para a alegria dos seus compatriotas presentes.
O campeonato de 83 foi disputado corrida a corrida por Piquet e seus rivais Prost e Arnoux, pilotando pela Renault e Ferrari respectivamente. Nessa briga, em que a regulagem da pressão do turbo garantia mais potência, em detrimento do consumo e durabilidade, o gênio projetista Murray desenvolveu uma grande vantagem para o brasileiro, ao conceber um carro leve, projetado para carregar pouco combustível, graças a uma nova estratégia de reabastecimento.

O duelo entre os ficou entre o brasileiro e o francês da Renault até a última prova, com Piquet garantindo o bicampeonato. O motor novato da BMW, de 4 cilindros turbo, baseado em um projeto anterior da F2, derrotou o veterano Renault V6 Turbo, que havia introduzido a tecnologia em 1977.

Nos anos seguintes, o motor BMW chegou a atingir 900cv nas corridas e incríveis 1200cv nos teinos usando pressão máxima no turbo. Era muito comum ver as "linguas de fogo" saindo do escapamento, durante as trocas de marchas. A maior limitação era que toda essa potência estava disponível numa faixa limitada de giros, o motor saltava de 450 para 800cv em apenas 1000 rpm! Posteriormente, ele também passou a ser fornecido para outras equipes como Benetton e Arrows.

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Entretanto, novos regulamentos proibindo o reabastecimento e restringindo a quantidade de combustível nos tanques levou à redução da potência e a vantagem passou a ser de novos adversários mais modernos e econômicos como os excelente motores TAG-Porsche e o lendário Honda. Mas essa é outra história...

Entretanto, novos regulamentos proibindo o reabastecimento e restringindo a quantidade de combustível nos tanques levou à redução da potência e a vantagem passou a ser de novos adversários mais modernos e econômicos como os excelente motores TAG-Porsche e o lendário Honda.
Mas essa é outra história...
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