domingo, 16 de agosto de 2009

BMW M Power

Enquanto as férias da F1 continuam até a próxima corrida em Valência, foi confirmado que não houve acordo financeiro para a venda da equipe BMW-Sauber para o antigo proprietário, o suiço Peter Sauber. Portanto, a equipe bávara segue sem futuro definido, aguardando uma possível negociação, enquanto seus carros melancolicamente seguem disputando as últimas posições no grid. Uma pena, uma vez que Kubica quem venceu uma prova ano passado, chegando a disputar o topo no campeonato de pilotos.

Mas a primeira incursão da BMW na categoria máxima do automobilismo, no princípio dos anos 80, teve resultados muito diferentes, fornecendo motores turbo para a equipe Brabham.

Em 1981, a equipe inglesa e seu piloto Nelson Piquet tornaram-se campeão mundiais, superando em uma dura disputa, as Williams-Ford conduzidas por Carlos Reutmann e Alan Jones.

Mesmo tendo vencido com o confiável motor Ford-Cosworth V8 aspirado, tinhado ficado claro para as equipes que o futuro estava nos motores Turbo, já utilizados pela pioneira Renault, e por sua arqui-rival Ferrari.


A Brabham iniciou o campeonato de 1982 com Piquet carregando o número 1 destinado ao atual campeão, e com a estréia do italiano Riccardo Patrese no número 2. Mas a grande novidade para a primeira prova estava instalada no chassi BT-50, desenhado pelo projetista Gordon Murray: o novo motor BMW-Turbo de 4 cilindros, com cerca de 600cv.

Mas haviam problemas de peso (além do motor, havia a necessidade de maior quantidade de combustível devido ao maior consumo), e o turbo lag em baixa rotação, que tornava o carro lento nas saídas das curvas. A situação chegou ao ponto de Piquet sequer se classificar para a corrida no circuito de rua em Detroit, levando o campeão a decidir usar o antigo BT-49 com motor Ford nas próximas provas. A parceria parecia perto do fim...
Felizmente, finalmente uma grande evolução de performance e dirigibilidade foi conseguida com o gerenciamento da injeção eletrônica, levando Piquet a vencer o GP do Canadá. Mas era tarde para lutar pelo campeonato, vencido pelo finlandês Keke Rosberg, pai do Nico, e último piloto a ganhar um título usando o velho motor Ford-Cosworth aspirado.
Para o ano seguinte, a evolução do propulsor alemão continuou, como o motor atingindo 740cv na versão para corridas. Nos treinos, usando maior pressão no turbo por poucas voltas, a potência chegava a mais de 800cv. A estréia não poderia ter sido melhor, com Piquet vencendo a primeira prova em Jacarepaguá, para a alegria dos seus compatriotas presentes.

O campeonato de 83 foi disputado corrida a corrida por Piquet e seus rivais Prost e Arnoux, pilotando pela Renault e Ferrari respectivamente. Nessa briga, em que a regulagem da pressão do turbo garantia mais potência, em detrimento do consumo e durabilidade, o gênio projetista Murray desenvolveu uma grande vantagem para o brasileiro, ao conceber um carro leve, projetado para carregar pouco combustível, graças a uma nova estratégia de reabastecimento.



O duelo entre os ficou entre o brasileiro e o francês da Renault até a última prova, com Piquet garantindo o bicampeonato. O motor novato da BMW, de 4 cilindros turbo, baseado em um projeto anterior da F2, derrotou o veterano Renault V6 Turbo, que havia introduzido a tecnologia em 1977.

Nos anos seguintes, o motor BMW chegou a atingir 900cv nas corridas e incríveis 1200cv nos teinos usando pressão máxima no turbo. Era muito comum ver as "linguas de fogo" saindo do escapamento, durante as trocas de marchas. A maior limitação era que toda essa potência estava disponível numa faixa limitada de giros, o motor saltava de 450 para 800cv em apenas 1000 rpm! Posteriormente, ele também passou a ser fornecido para outras equipes como Benetton e Arrows.






Entretanto, novos regulamentos proibindo o reabastecimento e restringindo a quantidade de combustível nos tanques levou à redução da potência e a vantagem passou a ser de novos adversários mais modernos e econômicos como os excelente motores TAG-Porsche e o lendário Honda. Mas essa é outra história...



Entretanto, novos regulamentos proibindo o reabastecimento e restringindo a quantidade de combustível nos tanques levou à redução da potência e a vantagem passou a ser de novos adversários mais modernos e econômicos como os excelente motores TAG-Porsche e o lendário Honda.

Mas essa é outra história...

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